Baixa Autoestima: causas e soluções.

VIDA E SAÚDE

Paula S'corsato

5/7/20245 min read

A baixa autoestima, frequentemente subestimada, configura-se como um desafio significativo à saúde mental, capaz de acarretar consequências profundas na vida dos indivíduos afetados.

A incapacidade de reconhecer o próprio valor pode desencadear uma série de problemas, desde a ansiedade e a autossabotagem até quadros mais severos como depressão e a Síndrome do Impostor.

Diante da relevância do tema, resolvi elaborar este artigo para explorar a baixa autoestima de forma profunda, oferecendo a você orientações sobre como fortalecê-la e, assim, preservar a sua saúde mental.

Continue lendo para descobrir estratégias valiosas para o seu bem-estar!

O que é baixa autoestima?

Em sua essência, a autoestima reflete a imagem que cultivamos de nós mesmos, moldada por nossas vivências, pela percepção alheia e pelo nosso processo de autoconhecimento.

A baixa autoestima, portanto, manifesta-se como uma autoimagem negativa, onde o indivíduo se depara com a dificuldade de reconhecer seu próprio valor.

Essa condição pode desencadear uma série de desafios, tais como: insegurança persistente, dificuldades na construção e manutenção de relacionamentos interpessoais, tendência ao excesso de autocrítica, isolamento social, busca constante por validação externa e o surgimento de problemas emocionais e psicológicos como ansiedade, estresse, depressão e a síndrome do impostor.

É fundamental ressaltar que a autoestima transcende a esfera estética, abrangendo também a maneira como percebemos nossas potencialidades e capacidades internas.

Quais são as causas da baixa autoestima?

As raízes da baixa autoestima podem ser profundas e multifacetadas, originando-se de uma combinação de experiências negativas e influências externas. Entre os fatores que contribuem para a formação de uma autoimagem negativa, destacam-se:

  • Experiências na infância: Eventos traumáticos como rejeição, abandono ou abuso emocional na infância podem deixar marcas profundas, gerando sentimentos de inadequação e insegurança que se estendem para a vida adulta.

  • Bullying: Ser alvo de bullying, seja na escola ou em outros ambientes sociais, pode corroer a autoestima, fazendo com que a pessoa internalize as mensagens negativas e acredite que é inferior ou indigna de respeito.

  • Críticas excessivas: Pais e educadores que são excessivamente críticos ou têm expectativas irreais podem, sem querer, minar a autoestima da criança ou adolescente, fazendo com que se sintam incapazes de atingir o sucesso ou a aprovação.

  • Relacionamentos abusivos: Relacionamentos marcados por abuso físico, emocional ou psicológico podem destruir a autoestima da vítima, que passa a duvidar de seu próprio valor e a se sentir responsável pelos maus tratos.

  • Pressão social: A sociedade impõe padrões irreais de beleza, sucesso e comportamento, que podem levar as pessoas a se sentirem inadequadas e insatisfeitas consigo mesmas. Essa constante comparação com os outros alimenta a baixa autoestima e a sensação de que nunca somos "bons o suficiente".

É importante ressaltar que esses fatores podem interagir entre si, criando um ciclo vicioso que dificulta o desenvolvimento de uma autoestima saudável.

8 dicas para elevar a autoestima

A baixa autoestima, como exploramos anteriormente, é um problema psicológico que merece atenção e cuidado, pois pode tornar a saúde mental da pessoa vulnerável a diversos desafios. Embora seja um processo gradual e que exige esforço, é crucial buscar estratégias para fortalecer a autoestima e reverter esse quadro.

A seguir, apresentamos oito dicas valiosas que podem auxiliar você ou alguém próximo a superar esse obstáculo e cultivar uma autoimagem mais positiva:

1. Cultive relacionamentos saudáveis

A influência do nosso círculo social é fundamental para a autoestima. Pessoas tóxicas, que constantemente criticam, julgam ou menosprezam, podem minar nossa autoconfiança e reforçar uma imagem negativa de nós mesmos.

Por isso, é essencial escolher cuidadosamente com quem nos relacionamos, priorizando pessoas que nos valorizam, reconhecem nossas qualidades e, quando necessário, apontam nossos defeitos de forma construtiva e respeitosa.

Esse cuidado com as relações interpessoais deve se estender a todos os âmbitos da vida, incluindo relacionamentos amorosos, familiares e amizades.

2. Invista no autocuidado

O autocuidado é um pilar fundamental para a construção de uma autoestima saudável. Isso inclui cuidar tanto do corpo quanto da mente.

Dedique tempo a atividades que promovam o seu bem-estar, como descobrir um novo hobby, passar tempo com pessoas queridas, priorizar suas necessidades e desejos.

Ao se colocar como protagonista da sua própria vida, você naturalmente se sentirá melhor, mais confiante e com uma percepção mais positiva de si mesmo.

3. Celebre suas conquistas

Indivíduos com baixa autoestima frequentemente têm dificuldade em reconhecer suas próprias capacidades e sucessos. Por isso, é importante comemorar cada conquista, por menor que possa parecer.

Ao celebrar seus objetivos alcançados, você reforça a percepção do seu potencial e experimenta a sensação de realização, contribuindo para elevar sua autoestima.

4. Gerencie seus pensamentos

Controlar os pensamentos negativos pode ser desafiador, mas é essencial para combater a baixa autoestima. Esses pensamentos tendem a intensificar a autocrítica e distorcer a nossa percepção sobre nós mesmos.

Ao identificar e desafiar esses padrões de pensamento negativos, é possível cultivar uma visão mais realista e otimista, favorecendo o desenvolvimento de uma autoestima mais saudável.

5. Evite comparações

A comparação é uma armadilha que sabota a autoestima. Cada indivíduo é único, com suas próprias qualidades, desafios e trajetórias. Comparar-se aos outros, sejam amigos, desconhecidos ou figuras idealizadas nas redes sociais, apenas alimenta sentimentos de inadequação e inferioridade.

Concentre-se em seu próprio caminho, valorize seus pontos fortes e reconheça que a perfeição é uma ilusão.

6. Invista no autoconhecimento

O autoconhecimento é a chave para uma autoestima sólida. Ao se dedicar a compreender seus pontos fortes e fracos, seus limites e conquistas, você desenvolve uma visão mais realista e equilibrada de si mesmo.

Esse processo permite que você identifique suas habilidades e talentos, facilitando a definição de metas mais assertivas e a busca por caminhos que o valorizem e contribuam para o seu crescimento pessoal.

7. Reconheça suas qualidades diariamente

Incorpore na sua rotina o hábito de apreciar suas qualidades. Dedique alguns minutos do seu dia para refletir sobre pelo menos três características que você admira em si mesmo.

Não é necessário pensar em qualidades extraordinárias, podem ser aspectos simples, como um talento culinário ou uma habilidade manual. Esse exercício diário ajuda a fortalecer a autovalorização e a combater a visão negativa que a baixa autoestima impõe.

8. Pratique a generosidade

Ajudar o próximo não só beneficia a vida de outras pessoas, mas também contribui para elevar a autoestima. Ao realizar atos de generosidade, experimentamos sentimentos de utilidade e relevância, o que fortalece a autoconfiança e a segurança em nós mesmos.

A ajuda ao próximo não precisa ser grandiosa, pequenos gestos como ouvir atentamente um amigo em um momento difícil ou oferecer apoio a alguém que precisa já fazem a diferença.

Como a Terapia Individual pode ajudar a tratar a baixa autoestima?

A terapia individual desempenha um papel fundamental no tratamento da baixa autoestima, oferecendo um espaço seguro e acolhedor para explorar as raízes do problema e desenvolver estratégias para superá-lo. O terapeuta atua como um guia nesse processo, auxiliando o indivíduo a:

  • Explorar as origens da baixa autoestima: Investigar experiências passadas e padrões de pensamento que influenciam a percepção negativa de si mesmo.

  • Transformar a autocrítica: Aprender a identificar e modificar pensamentos autodepreciativos, cultivando uma perspectiva mais compassiva e realista.

  • Fortalecer a autoaceitação: Desenvolver a capacidade de se aceitar com suas qualidades e imperfeições, reconhecendo seu valor intrínseco.

  • Construir autoconfiança: Identificar e valorizar seus talentos e habilidades, celebrando suas conquistas e fortalecendo a crença em si mesmo.

  • Estabelecer limites: Aprender a se proteger de influências negativas e relacionamentos prejudiciais que afetam sua autoestima.

  • Desenvolver habilidades interpessoais: Aprimorar a comunicação e a capacidade de se relacionar com os outros de forma saudável e construtiva.

O terapeuta utilizará técnicas e abordagens terapêuticas personalizadas para atender às suas necessidades específicas, como a terapia psicodinâmica que explora as experiências passadas e seus impactos no presente, ou a terapia humanista que enfatiza o crescimento pessoal e a autoaceitação.